domingo, 3 de setembro de 2017

10 dias no Mar - Rota dos Ventos - parte 3

Sétimo dia !


 Acordamos para o nosso sétimo dia de viagem em estado de graça, a noite tinha sido ótima, dormimos em uma Pousada maravilhosa, muito bem  recebidos pela amiga Ana que preparou um café da manhã regional fantástico nos servindo uma Araiá deliciosa acompanhado por cuscuz, uma energia imediata se incorporou ao nosso animo para inciar nosso dia. Fizemos um pequeno reparo no equipamento e acionamos nosso companheiro Beto para nós levar a praia, pra falar a verdade, Já havia um sentimento entre nós de saudade, mesmo antes da partida, bem que poderíamos passar alguns dias naquele lugar incrível, no entanto, uma breve lembrança de que já estávamos a uma semana longe de casa nós colocou imediatamente no trilho da realidade, partimos de Galinhos felizes a cada minuto de velejo aquele visual fantástico ia ficando para trás, logo em seguida passamos pelo bem cantado Farol que anuncia de forma majestosa  a divisa entre Galinhos e Guamaré. Esse sem dúvida seria um dia especial, velejar em uma região belíssima, até então desconhecida, com muito vento contrastava com nosso sentimento de início dos trabalhos, essa parte do dia sempre foi a mais difícil, apesar de uma vigorosa sessão de alongamentos e oração era necessário muita determinação para esquecer as dores musculares e as feridas nas mãos para entrar na água, a primeira meia hora de velejo era simplesmente terrível, inevitavelmente nos pegávamos nos piores pensamentos nos questionando o que estávamos fazendo ali naquela parte do mundo. No entanto, logo eramos tomados pela responsabilidade da missão e vibração com o desafio. Fomos deixando pra trás o inusitado Farol e passamos a velejar bem afastados da praia em um parte que forma uns bancos de areia, bem distante do litoral, água bem limpa e rasa uma imensa piscina natural, paramos pra contemplar e agradecer a Deus a oportunidade de estar ali diante daquela beleza inusitada no meio do mar, logo em seguida aproamos nossas pranchas à Diego Lopes e partimos sem medo de sermos felizes, afinal o tempo é movimento e quem sabe faz a hora.

Passados já cerca de três horas de velejo ininterrupto passando por inúmeras praias totalmente desertas entre Galinhos e um ponto desconhecido apos Diego Lopes paramos afim de beber um pouco de água e discutir o andamento de nosso roteiro, sabíamos que estava apenas alguns quilômetros de Macau, sempre tive muita curiosidade em conhecer esse local, não sei porque, mas esse nome sempre despertou curiosidade, em minha imaginação achava que seria uma cidade portuária sem muitas belezas a oferecer, ledo engano, Macau se revelou uma bela localidade que vista do mar parecia mas uma cidade tipica da obra de Júlio Verne - Viagem ao centro da Terra. Como uma pequena ilha no meio da rota bem delimitada com edificações impressionantemente simétricas, toda cercada por um bem construído muro de pedras, essa pequena cidade fez viajar meus pensamentos, - o nome Macau tem origem nas araras vermelhas que habitavam a região do Vale do Açu, cujos habitantes indígenas chamavam de "Macaw".  - apesar de não havermos programado uma parada ali o inusitado visual forçou um inadvertido intervalo. Pousamos nossos kites ao lado do paredão de pedras e fomos andando conhecer aquele insólito lugar, nesse momento parecia que nossa viagem havia sido inserida dentro de uma estória de livros de tempo de criança, não poderia deixar de viajar nesse mágico contesto. Tomamos um delicioso caldo de peixe servido em uma cumbuca com uma vista privilegiada do balanço natural das ondas que despejava insacavelmente sua energia no muro de pedras caprichosamente construído para proteger a cidade. Já passado do meio da tarde partimos em direção a bem querida Ponta do Mel, que bem ao fundo do horizonte já era possível se fazer vista em sua particular silhueta, apontamos nos equipamentos e partimos passando por um trecho belíssimo do litoral bem recortado por cabos e entranças de furos envolvido por uma extensa vegetação de mangue, nesse momento o mar já muito balançado nos forçou a descolar da praia e contornar uma ilha que crescia a nossa frente, desse momento em diante só pensávamos em chegar ao nosso destino final do dia, muito cansado passei a  velejar em um especie de transe sem olhar pros lados, só mirando na Ponta do Mel que não chegava nunca, acho que passei um bom tempo nesse embalo até que procurei meu companheiro que a muito não via ao meu lado, nesse momento um desespero tomou conta de mim, não conseguia ver Cacá e ao e ao mesmo tempo constatei que o vento havia diminuído muito e sua direção havia mudado. Senti um desespero, me perguntei por quanto tempo havia velejado sem a presença dele, o que poderia efetivamente teria acontecido? voltei toda minha atenção ao caminho já percorrido voltando minha asa para o caminho oposto do meu desejado destino. Uma sessação incompressível de raiva começou inadvertidamente a coordenar minhas ações e sem exitar pousei meu kite na praia e comecei a andar em busca do parceiro. Apos alguns minutos encontrei o Cacá já com equipamento todo guardado, sem entender questionei - Ei blodder, não chegamos ainda, vamos voltar pro mar - Ele caprichosamente me respondeu - Impossível, não consigo mais velejar, o vento tá muito fraco, terremos que fazer o resto do percurso a´pé - Nesse momento caiu minha ficha e pude perceber que realmente o vento caíra muito, mas no meu entender ainda dava condição de chegar. Um estranho silencio pausou nosso dialogo e um sentimento de frustração tomou conta de mim, pela primeira vez estávamos com nossos objetivos desassociados, intempestivamente, na cólera do momento  rede colei meu kite e injustificadamente fui me separando do amigo, quase noite o vento estava totalmente perpendicular ao relevo da praia que por sua vez tinha muitas ondas tornando a possibilidade de velejo praticamente impossível, aquela altura seria uma questão de hora conseguir chegar ao destino velejando, um sentimento de raiva tomou conta das minhas ações e talvez por um milagre conseguir começar a velejar em direção ao meu destino. Cheguei em Ponta do Mel praticamente a noite por cima das pedras absolutamente exausto, a adrenalina estava saindo por meus poros, na medida que começava a guardar meu equipamento foi se abatendo dentro de mim uma sensação de culpa justificada por abandonar meu parceiro, fiquei maluco, literalmente sai correndo afim de encontrar um local pra deixar meu equipamento e voltar atrás do Cacá, vou conversar, nunca me senti tão mau, tive vergonha  de mim, fui em busca de alguém que pode-se me ajudar a encontrar o Cacá quando descobri que tinha somente R$ 40,00 de numerário, Deus ajuda nessas horas e com muito apelo consegui um motoqueiro para voltar ao fatídico local da separação. Já era noite, procuramos o Cacá por cerca de duas horas sem sucesso, meu sentimento de culpa perturbava sem descanso minha mente, quando voltando a uma pequena Pousada avistei meu herói, ali  incólume, carregando   seu equipamento nas costas. Uma verdadeira benção, abracei o amigo e resignadamente pedi lhe  desculpas. Esse episodio sem dúvida me aproximou muito do parceiro passei a ter um respeito incontinente pela lição que havia recebido. Passado esse turbilhão de acontecimentos lembramos que o próximo grande desafio seria nos alimentar, Ponta do Mel é praticamente uma Vila de Pescadores, aquela hora, seria impossível encontrar um lugar para comer, foi quando se apresentou mais um amigo, Jefferson nos abrigou e concedeu um alimento abençoado, delicioso, sem igual : Ovo com tomates.


Pequena pausa em Macau para degustar um delicioso caldo de peixe


Ponta do Mel ao fundo


Momento do cochilo


Oitavo dia !

Apesar do perrengue do dia anterior acordamos com nossas baterias na carga máxima, a possibilidade em pernoitar já no estado do Ceará gerou uma motivação a mais, nossa trip estava chegando ao fim apesar de todos os percalços, fomos providenciar o pagamento de nossa estadia com o amigo Jerfeson, fizemos uma permuta com uma pequena compra na mercearia local que felizmente aceitava cartão de crédito, que aquela altura era nosso único meio de pagamento, em seguida, fomos à praia esperar a entrada do vento aproveitando para revisar todo material, tivemos que reconstruir minha mochila que estava prestes a se desfazer, é incrível o que ação do mar por vários dias pode fazer com o material. Estávamos na expectativa que as condições de vento melhorassem, pois já estávamos muito próximo da entrada no Ceara, suposta terra do vento, o tempo foi passando e nada do nosso combustível se apresentar, já impacientes decidimos da partida por volta de 12:0hs com um ventinho de aproximadamente 10 knós, que pra aquela região é uma merreca, velejamos por volta de duas horas nessa precária condição até chegar na Praia de Areia Branca, havia alguns velejadores por lá, ficamos um pouco e decidimos partir para nossa investida em cruzar nossa última fronteira aproveitando as boas condições de vento que há aquela altura já havia se consolidado, fizemos uma longa travessia passando bem por dentro do mar com uma grande reta até Tibau vista bem ao final do horizonte, esse percurso incrível permite uma visão bem ampla da Fox dos Rios Mossoró e Apodi, uma vista privilegiada ao fundo de Barra de Pernambuquinho, tradicional ponto de encontro de velejadores. Passamos em frente a cidade de Tibau no meio da tarde, havia uma sensação natural de alegria em cruzar a fronteira entre os estados do Rio Grande do Norte e Ceará víamos embalados por um vigoroso vento leste, pensei - se essa condição de vento segurar chegaremos em Fortaleza amanhã -  não imaginava que esse otimismo logo seria substituído por uma profunda frustração, sem aviso, com o céu de brigadeiro o vento inexplicavelmente caiu vertiginosamente e pra piorar mudou de quadrante, passando a soprar do lado oposto ao nosso destino, fomos rapidamente forçados a interromper nossa tirada pousando incrédulos nossas pipas em uma Praia entre Tibau e Tremembé, estávamos atônitos em vários anos de velejo nunca havia assistido uma mudança tão rápida de vento, avistamos uma senhora a poucos metros e meu companheiro foi procurar saber que praia era aquela, quando recebeu uma informação aterradora - meu filho se estão indo pras bandas de lá ( Ceará ) pode desistir, em toda maré de lua, essa hora, o vento diminui e vira para o lado oposto, afirmou com propriedade a pescadora. O Cacá voltou com essa inacreditável informação, claro que não devemos acreditar nisso, afirmei ao amigo. Ficamos tentando sem sucesso, por mais de uma hora, seguir, até que sem mais nenhuma energia e começando a anoitecer tivemos que voltar a Tibau totalmente contristados. Uma revolta se abateu sobre nossos ombros, pra falar a verdade, pensei em jogar a toalha e interromper ali mesmo nossa jornada, não conseguia aceitar os desígnios da natureza, estávamos cansados, esgotados com o corpo já cheio de marcas, legado dos vários dias no mar, desde nossa saída estávamos administrando problemas cheio de feridas, mãos esfoladas, com todos músculos do corpo gritando, a possibilidade de chegar na terra do kite - Ceará - e não ter vento era demais pra aceitar!  Resignados fomos em um silencio obsequioso procurar um local para comer e dormir,  quem sabe, esperando que o próximo dia fosse melhor, se há uma qualidade fundamental encontrada em todos os exitosos, hoje posso afirmar categoricamente que é a Fé.


Intermináveis praias desertas


O por do sol mais nervoso da viagem - Ponta do Mel


sábado, 26 de agosto de 2017

10 dias no mar - Parte 2


Quinto dia !        

Acordamos com uma disposição incomum, nosso anfitrião transmitia uma energia maravilhosa e uma boa prosa, nós falando de toda sua experiencia de vida, uma criatura de Deus, sem dúvida. As condições perfeitas de vento já se apresentava no inicio da manhã, fizemos nosso desejum com o novo amigo e em seguida fomos a praia iniciar os trabalhos, desde o segundo dia, passamos a fazer rotineiramente uma oração que alimentava nossa alma e enchia nossos corações de alegria e coragem, iniciamos nosso velejo em um dos trechos mais interessantes da viagem, passamos pela árvore do amor, Cabo de São Roque, Maracajaú, Rio do Fogo,  e tantos outros locais de beleza singular, todo esse percurso foi realizado a  apenas poucos metros da orla com visuais inesquecíveis, a meta era um desejado pernoite em São Miguel do Gostoso, marco da metade do trecho final a ser percorrido até Fortaleza, esse trecho é muito interessante, pois a cada curva se desnuda um novo visual, Cabos, Bahias, Enseadas, pequenos córregos em uma beleza singular, sempre acompanhados ora por tartarugas ora por golfinhos, vento constante que refresca sem descanso vários povoados no trajeto, efetuamos uma parada pra descanso, já à tarde, aos pés do vistoso Farol de Touros, minutos abençoados, necessário a reposição física e uma breve reflexão da grandiosidade desses dias fantásticos vividos entre dois amigos e o mar. 

Nesse momento já não havia dúvida que atingiríamos nossa meta, a possibilidade da chegada a São Miguel do Gostoso criava uma euforia justificada, além de ultrapassar a imaginária linha da metade da viagem seria o lugar sagrado, pelo menos pra mim, pois escolhera o local para depositar as cinzas do meu saudoso Pai, desde sua partida havia guardado suas cinzas para que oportunamente ele pudesse desfrutar da vida magnifica que me concedeu,  além de se integrar definitivamente a natureza que sempre desejara.  Havíamos adiantado bastante, poderíamos até velejar mais e quem sabe pernoitar em Caiçara do Norte, mais o Gostoso é um lugar especial,  havia sido um dos meus primeiros palcos na prática do kite. Levantamos o acampamento e passamos a velejar em estado de graça em cerca de quarenta minutos estávamos chegando ao desejado ponto final do dia que foi esplendidamente iluminado por um por do sol mágico, um verdadeiro presente para meu Pai. Andamos uns quinhentos metros até chegar a Pousada do amigo Fábio um italiano com coração brasileiro muito querido que nos recebeu com todas as honras, nós concedendo um verdadeiro manjar, e logo apos essa magnifica refeição ainda nos forneceu ajuda e material para amenizar a situação da prancha de Cacá, não é necessário afirmar que dormimos como pedras. Afinal, os últimos dois dias haviam sido magníficos , nenhum incidente, rendimento dentro do esperado e a presença de dois colaboradores formidáveis.  

Um pouco antes da nossa aventura começar,conversando com meu filho, ele deu uma ideia que passamos a adotar, já a partir do primeiro dia e que se transformou em um verdadeiro diferencial na jornada - para mandar noticias e interagir com as pessoas hoje Pai não há nada melhor que a transmissão direta através do Face  - afirmou categoricamente Daniel, e realmente esse canal diário aberto com as pessoas que nos acompanhava foi extremamente importante, os comentários e mensagens de força recebidos pelos amigos se constitui em uma poderosa ajuda suplementar, nos concedendo muita energia, além de nos motivar, esse canal, com certeza servirá no futuro como um referencial de outras trips, bem como proporcionar um diário dinâmico de bordo compartilhado em tempo real,  as transmissões matinais transformou-se em uma deliciosa função de relatar o que havíamos passado no dia anterior, o que estávamos sentido a cada trecho da viagem como também nossos planos.     


Farol de Touros, local para um breve cochilo 

Rango abençoado oferecido pelo Amigo Fábio na Pousada Gostoso Village


Momento de contemplação em Rio do Fogo 


    
           

Sexto dia !

Descaçados, bem alimentados e bastante motivados nos dirigimos a Ponta de Santo Cristo para dar inícios aos trabalhos normais de preparação, alongamento, discussão do roteiro, oração e partida, a principio nosso anfitrião desejava nos acompanhar pelo menos até a praia do Marco, distante 20 quilômetros de São Miguel do Gostoso, um trecho bem legal, passado por várias praias bacanas em sua grande maioria desertas, no entanto, por falta de transporte de volta a presença do amigo conosco foi por água abaixo, logo na saída, por conta dos fortes ventos tivemos um pequeno incidente com a pipa do Cacá, gerando um atraso fora da programação. 

Eventuais contratempos nos preocupava muito, sempre antes de cada trecho estabelecíamos uma meta basicamente fundamentada em quantidade de horas na água, por experiencia em outras tiradas constatei que velejávamos em uma velocidade média de 16 quilômetros por hora, dentro desse parâmetro estabelecíamos nossos pontos de paradas, então eventuais atrasos ião colocando em risco todo o roteiro, gerando um indesejado stress que inevitavelmente colocava pressão em nossas decisões, um verdadeiro circulo virtuoso de roubadas ou de êxito. 

Fizemos uma parada rápida na praia do Marco para tomar água e seguimos adiante em uma região, até então desconhecida passamos a velejar no piloto automático com pano de fundo um litoral exuberante com grandes distancias de praias desertas com incontáveis  torres de energia eólicas, indicador objetivo de muito vento, logo após do meio da tarde passamos por um pequeno vilarejo que abrigava dezenas de embarcações que indicava ser o último lugar povoado até a chegada ao nosso ponto final daquele dia que seria a paradisíaca praia de Galinhos, pelo adiantar da hora havia um receio em não conseguir chegar com luz do dia, nos afastamos do litoral procurando um angulo favorável a velejar mais rápido entre uma ponta a outra, era curioso que em muitos momentos nesse trecho o vento simplesmente acabava, sem aviso com céu limpo, ou seja sem nenhum indicador, acredito tratar-se de uma característica natural da região. Faltando muito pouco para o sol tocar no oceano em uma mistura de cores inesquecível passamos a avistar, com muita dificuldade, um kite na linha do horizonte contrastando com últimos raios de sol anunciando que nossa chegada em Galinhos seria triunfal.

Absolutamente esgotados com todas nossa reservas consumidas pousamos nossas asas e passamos em um ritual silencioso a contemplar um dos mais belos final de tarde, momento mágico providencialmente interrompido por uma voz muito grave oferecendo ajuda, um veículo típico do local, pequena charrete conduzida pelo amigo Beto charreteiro de Galinhos e sua dedicada Burra Morena, abençoada colaboração em nos conduziu a uma pequena residencia de nativos que nos ofertou uma refeição muito digna e deliciosa, pois já fazia mais de 12 horas que não colocava nada, além de água na barriga.

Galinhos é um local mágico,banhado por um lado pelo mar azul e do outro por um rio de águas cristalinas, povoado que goza de uma localização privilegiada, um verdadeiro presente da natureza, realçada por uma paz inquietante em um palco que lembra em muito um conto de fadas, uma característica bem simples, porém inusitada pra nós, daquele pedacinho do Céu, é de praticamente não haver automóveis, somente os tracionados e desde que enfrentem mais de 80 quilômetros de trilhas pela praia, toda essa tranquilidade é somada a simpatia e alegria de seus habitantes resultando em uma energia extraordinária, que àquela altura nos colocava no topo do mundo.      



Chegada triunfal em Galinhos



Cabo de São Roque

Momento de descanso