quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

ACIDENTES DE KITES - CB´S


Você sabe o que é uma CB ou Cumulus Nimbus?  Sabe o risco de decolar seu kite perto de uma nuvem dessas? Espero contribuir para conscientizar os amigos desse risco através desse texto:
Nuvens densas que se formam em um ar instável e, sobretudo na baixa troposfera e que surgem em blocos ou glóbulos isolados ou não, apresentam grande atividade térmica e extensão vertical exercendo grande perigo para os objetos que sofrem influência direta do deslocamento do vento e diferença de pressão. A melhor maneira de identificar é através da espessura da nuvem, existem vários tipos, mas de uma forma geral elas tem uma grande extensão vertical e um formato de bigorna com uma base bem escura, elas são inconfundíveis, pois ocupam um extenso raio territorial e por vezes são assustadoras. Em algumas circunstâncias se deslocam em direção oposta ao vento. Essas maravilhas da natureza são extremamente perigosas, para ser ter uma idéia já foram responsáveis por alguns acidentes aéreos com aviões de grande porte e até asas deltas, parapentes e kites.
 Certa vez voando de parapente no final de tarde em Quixadá tive a inesquecível experiência de estar perto de uma ainda em formação, para sair do raio de ação dela tive que promover um grande fechamento de asa de mais de 40% e mesmo assim meu equipamento continuava subindo a uma razão de mais de 10 metros por segundo chegando a uma altitude de mais de 2500 metros em minutos, só pra ilustrar melhor o ganho de altura decolei a apenas 300 metros do solo e fui a quase 3000 metros, uma ignorância, por muita sorte e ajuda divina consegui se cuspido a 50 km de onde havia decolado.
Infelizmente alguns companheiros do kite desconhecem todo esse poder e por vezes subestima a capacidade da natureza e decolam seus equipamentos exatamente na entrada dessas nuvens, na grande maioria das vezes nada acontece, muito pelo contrario serve como pano de fundo para grandes saltos e manobras, porém já há bastantes relatos de acidentes fatais no esporte em virtude de sua incontrolável força.
Então amigos podemos até decidir pelo prazer de velejar em condições extremas, mas que haja pelo menos entendimento do risco, a decisão de decolar o equipamento é sempre do rider, mas vejo que na grande maioria das vezes essa atitude é feita sem o menor conhecimento da capacidade da natureza em promover mudanças meteorológicas, ta tudo na nossa frente é só olhar para o céu, não há equipamento seguro em condições extremas a parte mais importante do esporte estar abaixo do chicken loop e não acima, independente da marca, é bom lembrar que somos nós os pilotos de teste e são as pessoas mais queridas e nosso esporte que sofre com as fatalidades.   
Bons ventos e altas ondas

Muitas vezes parecem inovensivas

As vezes isoladas

Outras em meio a outros tipos de nuvens

Bem extensas 

Muito belas

Mas extremamente perigosas, em seu interior correm ventos de mais 200 km/hora e blocos de gelo 

domingo, 13 de janeiro de 2013

ABORDAGEM SOBRE A FORMAÇÃO DE UM INSTRUTOR DE KITE


Abordagem sobre a formação de um instrutor de Kite
Por: Frederico Lorentz - 31.10.2012
Introdução
É de extrema importância deixar claro que esse material não tem a intenção de servir como um manual de formação de instrutores de kite. Trata-se apenas de pontos a serem aprofundados no sentido de provocar uma reflexão inicial sobre as responsabilidades e postura dos futuros e presentes instrutores, servindo como ponto de discursão ao enriquecimento do nosso esporte.  
A formação de um instrutor não poderá ocorrer pelo simples acumulo de informações teóricas nem tão pouco pela experiência pratica por mais extensa que seja o melhor caminho e o somatório desses dois pontos entre a teoria e a pratica somada ao comportamento do instrutor no qual iremos abordar a seguir.

A educação do pensamento
Ao longo de mais de 10 anos de prática e ajuda a formação de novos velejadores pude verificar o comportamento da evolução do aluno no decorrer do curso e progressão no próprio processo de aprendizado.
Nesse sentido podemos verificar de forma natural os melhores caminhos a serem seguidos durante as aulas com vista proporcionar maior eficiência no aprendizado dos fundamentos mais importantes do curso, além de focar o esforço do aluno na realização de todas as tarefas, tornando o curso mais desafiante e motivador.
O maior mérito do curso e a interação com aluno onde a maior experiência do instrutor é passada de forma natural e tranquila sem a criação de mitos, defrontando o aluno com as situações cotidianas da prática do esporte de forma simples deixando o canal sempre em via de mão dupla na troca de conhecimentos, por vezes o instrutor aprende mais com o aluno do que o contrário, esse fato torna o curso trilhado em um processo dinâmico de uma evolução permanente.
Na verdade o processo de aprendizado é igual em qualquer situação, uma experiência em outra atividade esportiva segue a mesma dinâmica independente de sua natureza colocando muito mais o instrutor como orientador do que um demonstrador, nesse sentido o ganho é muito maior tanto para um quanto para o outro ( Aluno x instrutor ).   

Resultado prático     
Quando um aluno procura a ajuda de um instrutor ele tá interessado em atingir um nível de prática esportiva no menor período de tempo, é irrelevante pra ele o processo, no entanto na ótica do instrutor é fundamental manter integro o processo gradativo de aprendizado desta forma as informações transmitidas se consolidam na mente do aluno de forma definitiva e consistente remetendo o aluno em caso de dúvida ou esquecimento a lembrar do processo e não da informação especifica.
Não deve ser relevante ao instrutor o nível de técnico do futuro praticante, se ele vai ser um futuro campeão ou não, a qualidade técnica do futuro velejador deve vim pelo esforço na prática, o mais importante deverá ser sempre o nível de segurança que irá ter o praticante e onde ele poderá obter uma eventual informação, a jornada é mais importante que o destino.
Essas são algumas questões que deveram - a meu ver - estar presente no pacote de aprendizado de cada curso, haja vista a inexistência de uma concepção positiva consolidada na formação do aluno ou mesmo do instrutor, o próprio exercício dessas premissas torna a formação de novos praticantes de kite mais moderna e em permanente evolução.
Bons ventos e altas ondas!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

BOAS NOVAS - NOBILE EM PERNAMBUCO


Caros amigos velejadores

Temos a grata satisfação de anunciar que estaremos comercializando mais uma marca em nosso mix de produtos, trata-se da renomada Nobile, tradicionalíssima na fabricação de pranchas. 

Vale registra que a Nobile foi a primeira grande marca a acredita e investir no mercado brasileiro através da abertura de uma fabrica no Ceará, que permitirá disponibilizar o produto em tempo real com preços super acessíveis. Inicialmente estaremos ofertando de forma exclusiva 3 modelos de pranchas bi-direcionais ilustradas a seguir:

50 Fity voltada aos Riders mais exigentes com fantástico desempenho nos pops, pouso, conforto  e estabilidade


T 5 especial para freeriders seu ponto forte é  a facilidade de uso e conforto


NBL perfeita para upwind extremamente fácil  e confortável



sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

UP WIND PRAIA DO MARÇARICO ATÉ ATALAIA

O Dyno chegou para quebrar paradigmas, o Up wind tornou-se tão prazeroso  quanto o Down wind, hoje em apenas uma hora tirei da praia do Marçarico até Atalaia na altura do atalho, o vento perfeito, em média 12 knós.
Na Orla do Marçarico o carro fica na cara do gol

Out side do Marçarico  

Em apenas um board já no final do Farol Velho  

Rasinho!

Farol Velho

Farol Velho

Água verde esmeralda

Altas ondinhas

Mais uma

Praia do Atalaia

Tinha umas ondinhas no Atalaia

Já no retorno no gá para o trabalho

Feliz da vida

Dyno a Máquina de orçar!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

VELEJO INESQUECÍVEL NO PARÁ


Mais um velejo deslumbrante em Salinas, não há como não se encantar com todo potencial de velejo no Pará, a riqueza de seu litoral pra mim torna uma das melhores praias que conheço para prática do kite, o presente relato foi do último e melhor velejo do ano no Pará e quiçá um dos melhores da minha jornada de velejador, então vamos lá:
Para quem já velejou na Praia de Atalaia sabe da dificuldade de encontrar água na maré seca, principalmente se for utilizar prancha direcional, haja vista o tamanho de suas quilhas. Em função de uma característica da região ocorre uma grande movimentação de águas por conta da variação de mares, então pra poder chegar onde pretendia tinha que dar um tiro certo. A possibilidade em velejar em Praias desertas em locais pouco explorado sempre me estimulou muito e essa praia pela dificuldade de acesso era um objetivo ideal, fica ao sul de Atalaia cerca de uns 10 km, para chegar lá tem que orçar bastante e contornar varias croas em uma jornada deslumbrante com um visual singular, de um lado mata fechada e entradas de rios e do outro Salinópolis ao fundo, segundo algumas informações obtidas através de locais essa praia só pode ser acessadas por voadeiras. Em outra oportunidade tiver o prazer de chegar lá, porém face ao meu nível alto de adrenalina não pode desfrutar de todo potencial do lugar, dessa vez com mais alguns anos de experiência de velejo a mais e com uma GOPRO pode registrar e degustar de toda exuberância do lugar paradisíaco. Foram necessários cerca de pouco mais de uma hora de Up wind de um vento leste de cerca de 08 knós com rajadas de até 12 knós, que, diga-se de passagem, só foi possível por conta de todo poder de orça do Dyno 17 e uma prancha que ainda estar em teste para poder alcançar a Praia desejada, não sei ao certo o nome da Praia, segundo alguns amigos seu nome é Praia do Pilão, lá chegando já absolutamente feliz curtido muito a formação de algumas ondas comecei a traça novos horizontes, foi quando a cerca de 50 metros em um ângulo de 45 graus da praia pude perceber que havia um canal de apenas 20 metros de largura que adentrava profundamente no relevo deserto da Praia, uma coisa linda, parecia o caminho para o céu, um canal quilométrico de aguas verde esmeralda de apenas 30 cm de profundidade, lindo demais! A essa altura do tempo já tinha de começar a pensar na minha volta por conta da maré, mais a curiosidade foi maior, segui em frente sem saber até onde aquela estrada natural iria me levar, velejei uns 3 km quando fui advertido por um cachorro muito bravo que pela pequena profundidade do canal e pelo extraordinário preparo físico investia na prancha com muita determinação, - Que loucura pensava, de onde saiu esse cachorro ele não vai cansar?. Foi quando comecei a traça uma estratégia pra esgotar meu insólito companheiro, porém pra minha tristeza errei um board e o que se diz melhor amigo do homem partiu pra cima, por um momento confesso que fiquei com muito medo, se àquele animal me mordesse ali tão longe como poderia voltar, era eu ou ele, tirei coragem sabe lá de onde e passei a investir sobre ele também com a prancha, um confronto no mínimo bastante curioso.
Depois de toda a querela e uma intensa disputa territorial foi chegando a hora de voltar, não se poder brincar com a hora da maré em Salinas, soube posteriormente que no mesmo dia foram perdidos 6 carros com a maré cheia é bem comum por lá e meu carro estava na Praia.
Esse foi sem dúvida mais uma experiência alucinante no litoral do Pará.


Bons ventos e altas ondas em 2013! 

No percurso havia muito flat e por vezes algumas ondas

Pela posição das croas quebrava mais esquerdas

É impressionante a capacidade do Dyno velejar sem vento, o mar tá liso

Alegria total

Competindo com a sobra da asa

Salinas é assim: Bela!

Da pra visualizar o tamanho da de apenas um dos lados da raia

Canal verde esmeralda 

Amigo insólito, apareceu do nada, botou emoção na raia 

Disputa territorial

Acelerando pra não ser alcançado

Amigos

Mais imagens Praia de Atalaia 

Diversão garantida

Isso é muito bom

Bermuda Fuse, Camisa UV e Prancha Blodder